
O
zumbido no ouvido é um barulho incômodo que uma pessoa escuta sem a
existência de uma fonte sonora. De acordo com a Associação
Americana de Zumbido (ATA, na sigla em inglês), 20% das pessoas
convivem com o problema. Entre os idosos acima dos 70 anos, a
incidência é de 25%.
Há zumbido agudos e graves,
semelhantes a barulhos como apito, chiado, cachoeira, panela de
pressão, motor e grilo. O incômodo é comum depois que um indivíduo
frequenta ambientes ruidosos, como festas e shows, que podem destruir
as células do ouvido. Caso o ruído permaneça no dia seguinte ao
evento, é preciso procurar um médico. “O zumbido costuma ser
consequência da perda de audição. Ele é uma tentativa do sistema
responsável pela audição em compensar a falta do estímulo que
deveria estar presente”, explica Rinaldo Lopes de Melo,
otorrinolaringologista do Hospital Norte D’Or, no Rio de Janeiro.
Causas
– Além da perda de audição, doenças neurológicas, acúmulo de
cera no ouvido, depressão e dieta inadequada estão entre as causas
do problema. No caso dos fatores fisiológicos, a sensação é
desencadeada por falhas na vascularização do ouvido. Com a passagem
sanguínea insuficiente, as células têm menos oferta de oxigênio e
não conseguem se nutrir adequadamente, o que prejudica o metabolismo
da região. Já a depressão altera os neurotransmissores
responsáveis pela audição.
Outra causa é o uso excessivo
de medicamentos como ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios e
antibióticos. “Essas drogas podem prejudicar a irrigação
sanguínea na orelha interna ao promover a vasoconstrição ou
modificar a oferta de nutrientes para as células da região ao
alterar o metabolismo de carboidratos e lipídeos”, explica
Estelita Betti, otorrinolaringologista do Hospital Israelita Albert
Einstein, em São Paulo.
Tratamento – De acordo com Lopes de
Melo, não existe um único tratamento eficaz para todos os tipos de
zumbido. “Algumas medidas diminuem e eliminam o problema. O sucesso
do tratamento depende das causas do zumbido e da resposta
individual”, diz Lopes de Melo.
As terapias mais utilizadas
são à base de medicamentos – vasodilatadores, anticonvulsivantes,
ansiolíticos ou antidepressivos -, uso de aparelhos de amplificação
sonora, estimulação magnética transcraniana e a chamada Tinnitus
Retrainig Therapy (TRT), que consiste em habituar o paciente a a
conviver com o som a ponto de não notá-lo. Em casos de depressão,
recomenda-se acompanhamento psicológico.
Publicado por Micaela Beatrís Rech
Bem interessante essas informações!Devemos conhecer para prevenir!
ResponderExcluirRealmente, minha filha teve uma perfuração no tímpano e se queixava de barulho no ouvido, segundo ela era o som do mar de forma constante. Após meses acompanhando a cicatrização, conforme foi regenerando o tecido, o som do mar foi diminuindo também. Informações importantes estas.
ResponderExcluirTemos que ter muito cuidado com o ouvido. Ouvi algumas pessoas falarem que tem esse zumbido no ouvido, foi interessante saber que é não é raro ter pessoas convivendo com esse problema.
ResponderExcluirGostei muito dessa informação Micaela. Tenho zumbido no ouvido esquerdo e sinto que ele está estranho. Acho que é culpados fones de ouvido! Vou procurar ajuda. Obrigado.
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